14 anos de Duke Nukem Forever: O desastre que virou lenda 6r412w
Como o desenvolvimento infinito forjou um ícone do fracasso 3x6i2k
Lançado em junho de 2011, Duke Nukem Forever chegava às lojas, isso após um desenvolvimento infernal de 15 anos, prometendo ser a ressurreição de um ícone dos games, mas acabou se tornando um dos maiores desastres da indústria. 5t3q4a
No entanto, por sua pura e inacreditável jornada, ele conquistou um lugar inesperado na história dos videogames, e que você confere agora aqui no Game On!
Como Duke Nukem Forever selou seu próprio destino 253466
A saga de Duke Nukem Forever começou em 1996, logo após o sucesso estrondoso de Duke Nukem 3D. A expectativa era gigantesca: gráficos de ponta, jogabilidade inovadora e o carisma inconfundível do anti-herói canastrão bombado. Porém, o que se seguiu foi uma saga de proporções épicas de trocas de motores gráficos, mudanças de equipe, problemas financeiros, e um ciclo de desenvolvimento que parecia não ter fim.
A cada promessa não cumprida e a cada adiamento, a lenda do jogo crescia, alimentada por piadas e descrença da comunidade gamer, que inclusive lhe rendeu um lugar no Livro dos Recordes como o jogo com o mais longo período de desenvolvimento da história - um recorde quebrado por Beyond Good & Evil 2 em 2022, que foi anunciado pela Ubisoft em 2008 e que segue em desenvolvimento, ainda sem uma data de lançamento.
O que começou como um projeto promissor transformou-se num pântano de problemas: incontáveis mudanças de engine, um gerenciamento de projeto que beirava o colapso e uma dança das cadeiras pelos direitos da franquia que parecia não ter fim. O projeto virou uma piada, sinônimo de vaporware, um fantasma no cenário dos games. A situação chegou a um ponto tão crítico que, em 2009, a desenvolvedora 3D Realms jogou a toalha e cancelou a produção do game, chegando quase à falência.
Após a saída da 3D Realms em 2009, Duke Nukem Forever ainda conseguiu forças para ser finalizado pela Triptych Games, Gearbox Software e Piranha Games, e assim o jogo finalmente viu a luz do dia em junho de 2011. Porém, o alívio rapidamente deu lugar à decepção, quando o público percebeu que o produto final era uma colcha de retalhos de ideias defasadas, mecânicas ultraadas e um humor que, para muitos, envelheceu mal.
As críticas foram impiedosas: desde um enredo fraco e mecânicas de jogo simplistas, datadas e pouco inspiradas, até gráficos que, para a época, estavam muito aquém do esperado. Grande parte desses problemas técnicos e de design pareciam exigir uma reconstrução completa da campanha.
Mas, apesar de tudo isso, ou talvez por causa de tudo isso, Duke Nukem Forever se tornou uma lenda. Não uma lenda de sucesso, mas uma lenda de persistência absurda, de fracasso monumental e um lembrete vívido de que nem todo projeto ambicioso está fadado ao sucesso e que, às vezes, é melhor saber a hora de desistir.
Hoje, 14 anos depois de seu lançamento, Duke Nukem Forever continua sendo um tema de discussão e um caso de estudo na indústria de jogos. E assim, o seu desastre se eternizou, não como um grande jogo, mas como a lenda de um desenvolvimento que marcou uma era.