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Brasil é o lugar mais caro do planeta para se contratar serviços digitais, diz assessor da Fazenda 661p1l

Segundo Igor Marchesini Ferreira, cerca de 60% da carga digital do Brasil está concentrada nos EUA; 'Se um cabo desses é cortado, desliga-se o Brasil', afirma 23222d

12 jun 2025 - 11h22
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O assessor especial do Ministério da Fazenda Igor Marchesini Ferreira afirmou que o Brasil é o país mais caro do mundo para contratação de serviços digitais em se tratando de processamento e tratamento de dados. w4853

"Brasil é um dos países mais caros do planeta, seja para importar servidor, seja para construir servidor. (...) A questão não é nem só a carga tributária, é a carga e a complexidade", afirmou durante o Fórum Data Center Brasil: Economia, Regulação e Oportunidades, realizado nesta quinta-feira, 12, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, esse fator, não necessariamente, resulta em maior arrecadação por conta das "artimanhas" que podem ser feitas para o não pagamento.

Segundo ele, atualmente, cerca de 60% da carga digital do Brasil está concentrada na Virgínia, nos Estados Unidos. "Isso é problemático para todo o setor produtivo", avaliou. Ferreira disse também que, num contexto de geopolítica complexa como a atual, uma política para data centers no Brasil é uma questão de soberania.

Segundo Ferreira, política de estímulos para atração de data centers para o Brasil é só o começo das iniciativas que estão sendo pensadas para o setor
Segundo Ferreira, política de estímulos para atração de data centers para o Brasil é só o começo das iniciativas que estão sendo pensadas para o setor
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado / Estadão

"Se um cabo desses é cortado, não é que desconecta a gente dos Estados Unidos, não é que desconecta o Brasil da internet, desliga-se o Brasil", disse sobre relatos feitos ao presidente Lula a respeito do tema.

Política para data centers 414m2q

O assessor afirmou ainda que o Redata, política de estímulos para atração de data centers para o Brasil, não é o fim das iniciativas que estão sendo pensadas para o setor no País, mas o começo.

"Uma das coisas que a gente combinou no governo nessa corrida, dada a natureza tão dinâmica dessa questão, é que, em vez de a gente tentar achar todas as soluções e fazer um grande pacotão de soltar tudo de uma vez só, a gente vai fazer política pública de maneira iterativa. Então, a gente vai soltando um bloco, ouvindo a sociedade e indo para o próximo", disse.

Ele afirmou ainda que, nesse contexto, a primeira estratégia do governo será tirar a incerteza tributária sobre o tema, que "previne a instalação, a aceleração da vinda dessas empresas do Brasil".

Também disse que, considerando a reforma tributária, não seria necessário fazer nada por sua efetividade. A questão, então, será antecipar os efeitos dela para essa indústria e exigir contrapartidas que estão relacionadas a questões ambientais e de mercado doméstico para que a capacidade não seja 100% exportada, entre outras.

Do ponto de vista fiscal, ele afirmou que foi possível desenhar uma política que fosse, fiscalmente, "pelo menos neutra e potencialmente positiva para os anos de 2026 e 2027" já que não mexe na questão da construção do prédio e outras estruturas necessárias, mas apenas no "miolo da TI", disse, sobre Tecnologia da Informação. "O que eu vou arrecadar no prédio mais do que compensa o que eu vou abrir mão no miolo. Isso sem ainda considerar o volume, que tende a aumentar de maneira exponencial", completou.

Estadão
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